sábado, 22 de setembro de 2007

Dia Mundial Sem Carro exige reeducação


Nem a ampla divulgação da mídia e o dia ensolarado em São Paulo fizeram com que a maioria dos motoristas paulistanos deixasse o carro na garagem no Dia Internacional Sem Carro , hoje, praticado em 56 cidades brasileiras e em outras 1800 no mundo todo. A campanha tem por finalidade amenizar os congestionamentos, reduzir a poluição e estimular a atividade física, como caminhada e ciclismo.

Prefeito da maior cidade do Brasil (com frota diária de 3,5 milhões), Gilberto Kassab afirmou que se trata de “uma campanha educativa, e não obrigatória", e começou o dia dando
bom exemplo: usou ônibus para chegar ao SESC da Avenida Paulista, onde participou de uma confraternização com os organizadores do evento.

Mas o fato é que o automóvel tornou-se o principal sonho de consumo do brasileiro, superando até a aquisição da casa própria. “O carro virou extensão do corpo”, disse Liane Born (46), organizadora da mobilização, à Folha On Line. Criou-se um culto ao individualismo e status agregado ao automóvel – quase sempre há apenas uma pessoa em cada veículo. “Uma boa medida seria o transporte solidário”, opinou o consultor de empresas Roney Vittor (52), referindo-se à carona aos vizinhos e/ou colegas de trabalho.

É bem verdade que junto com a falta de consciência há a escassez de alternativas para o pedestre. “Usaria menos o meu carro se o transporte público fosse melhor, se houvesse mais estações de metrô, com mais segurança”, disse a enfermeira Mariane Rodrigues (33), que não abre mão do “conforto do carro”.

Assim, fica evidente a dificuldade em se reeducar. Necessidade ou status? Praticidade ou sedentarismo? Pegue carona nessa discussão (ops!). O mundo agradece!
A foto acima , de 2006, é do fotógrafo da prefeitura João Luiz Gomes.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Terapia Familiar

"Mudanças no contexto familiar criam poderosas mudanças nas pessoas e em seus problemas." Michael P. Nichols, Richard.C. Schwartz



Na sociedade em que vivemos, os conflitos familiares se tornam cada vez mais comuns. A autoridade incontestável dos pais - em especial do pai - existente no modelo de família patriarcal (aquela que o pai trabalha e a mãe cuida da casa e dos filhos) já não existe, criando um conflito entre gerações, o lugar do adolescente ainda não foi estabelecido.

A família, desestruturada, já não sabe como resolver seus problemas. Filhos indisciplinados, mimados, casais que não se vêem como marido e mulher e passam a ter uma relação exclusivamente de pai e mãe.A família se sente incapaz de resolver seus problemas e não sabe a quem recorrer. Muitas dessas famílias acabam encontrando apoio em terapias.

A Terapia Familiar trabalha o indivíduo através do contexto social. Como peça fundamental para o tratamento, a família experimenta novas formas de comunicação e interação. Os sintomas são diagnosticados em um indivíduo, porém mostra que todo relacionamento familiar está afetado.

Ainda existe muita resistência na hora de ir à terapia. Além da difícil aceitação, há o preconceito. "As pessoas pensam que devem resolver seus problemas sozinhas, sem precisar da ajuda de ninguém”, diz a doutora
Olga Inês Tessari, psicóloga e psicoterapeuta, no site Ajuda Emocional. Desenvolver a consciência de que a ajuda é necessária é parte fundamental do processo. O paciente não pode ser forçado a fazer terapia, pois esta dificilmente funciona desta forma.

O CEAF – Centro de Estudos e Assistência a Família - oferece Terapia Familiar gratuitamente. Para mais informações, acesse o site do
CEAF.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Confuso, eu? Claro que “não”!

foto: Revista Dohler
Todos concordam que esta fase da adolescência é um tanto quanto complicada. Os adultos, bem ou mal, passaram por essa fase e sabem que muitos problemas costumam atormentar a mente dos adolescentes que se julgam vítimas e ao mesmo tempo tentam passar uma imagem de “responsáveis pelos próprios atos”.

Essa fase se caracteriza por crises de identidades, normas estabelecidas, conflitos, iniciação sexual, etc. Uma porção de valores que, dentro da cabeça de um adolescente se misturam e, o nervosismo, a ansiedade e a sensação de que não será possível encontrar uma saída, perturbam qualquer um.

É neste momento então, que o adolescente procura algo para se sentir bem, algo que o faça interagir com os outros e que se identifique com eles.
Ao serem questionados por qual motivo ingerem bebida alcoólica, jovens, amigos meus, dizem que se sentem bem ou talvez porque todo mundo está bebendo e por que só eles não beberiam? Além da questão de que beber é legal, diferente, um ato adulto; tem também o fato de que virou moda você ir para a balada e estar sempre com um copo na mão.

Os jovens procuram fugir de seus problemas e aflições se entregando à bebida. Acidentes e problemas de saúde são fatores agravantes hoje na vida do brasileiro. Muitos, internados em hospitais em coma alcoólico e, outros tendo doenças como hepatite por excesso de bebidas alcoólicas. “O jovem começa a beber porque quer aparecer. Os exibidos querem aparecer mais, enquanto os tímidos querem ser vistos”entende o psiquiatra Içami Tiba.

Muitas pesquisas sobre este assunto são feitas, mas poucas soluções encontradas. Mas a idéia fundamental que se tem deste assunto é que os pais são a base para o desenvolvimento dos filhos, para alertar e ajudar sempre.

Aqui você pode encontrar depoimentos de jovens e famílias que passaram por esse problema e, que te ajudem a quem sabe, ajudar alguém.


Saiba mais sobre Içami Tiba.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

A infância não é mais aquela, la la la la la

direto do: Blog do Munhoz



A infância não é mais a mesma, queridos leitores, e nisso acho que todos concordamos. A mudança na realidade econômica, associadas ao acesso das crianças à informação sobre o mundo adulto de forma fácil e simples, transformou radicalmente a infância. Uma criança pode ver, por exemplo, um striptease na novela das seis. Os pais não têm controle sobre esse tipo de conteúdo que as crianças vêem.

O computador é um portal de curiosidades. Muitas crianças entram em sites impróprios, têm Orkut (portal permitido só para maior de 18 anos e que, em grande parte, tem um conteúdo explícito e adulto), entram em bate-papos indevidos e afins. Hoje, são os pais que aprendem informática com os filhos.

Esse tipo de comportamento vem muito da influência da mídia pela televisão, Internet e revistas pré-adolescentes como a Capricho, que mostra como a garota deve ser vaidosa e magra, e como deve “conquistar o gatinho”. Tania Zagury¹ diz que "Por influência da televisão, da internet, dos jornais, as crianças são levadas a achar que precisam adotar certos comportamentos e consumir determinados produtos. E os pais, tentando incentivar sua independência e a capacidade de decisão, acabam não querendo intervir e dizer não à maquiagem, ao salto, à maneira de vestir."

A não intervenção dos pais é altamente prejudicial às crianças. Criam-se estereótipos a base de imagens e vaidades e valorizam a superficialidade. Meninas de nove anos vão ao salão de beleza, pintam as unhas semanalmente, esticam o cabelo com escovas progressivas e afins, possuem mais de 20 pares de sapatos e se maquiam. Que tipo de infância é essa?

(continua na próxima terça-feira)

_______________________________________________
¹. Tania Zagury é mestre em educação e autora de livros como O Adolescente por Ele Mesmo e Encurtando a Adolescência.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Namorinho de portão...

De repente, a “filhinha” diz: “Papai, mamãe posso namorar?” E os pais pensam: como essa bebê, que ainda nos chama de papai e mamãe pode ter um namorado? E então a resposta é um forte e sonoro "nunca!".

Essa negativa pode ser causada por puro ciúme, autoritarismo, superproteção e substimação da responsabilidade da própria filha - fato condenado por Geraldo Castilho¹: "Essas atitudes contribuem nuns casos para tornar os filhos irascíveis, impulsivos e agressivos, e em outros para desenvolver neles uma personalidade insegura e instável". Ou o medo dos pais pode ter um fundamento mais "racional", como a apologia ao sexo difundida pela mídia em geral e o excesso de meninas grávidas já na adolescência. Ao falar de uma pesquisa sobre a diferença entre ficar e namorar, o professor doutor Sandro Caramachi - docente da área de psicologia da Unesp de Bauru ressalta que “Há um descompasso entre o aumento da liberdade e da responsabilidade”. Em contrapartida, uma pesquisa do
IPAT mostra que um em cada quatro jovens possui uma postura conservadora em relação ao sexo.

Sendo assim, cabe aos pais orientar bem seus filhos - dessa forma, com ou sem pesquisas, eles não terão com o que se preocupar.

¹Geraldo Castilho é professor de Pedagogia e Psicopedagogia da Universidade de Navarra e pesquisador do Instituto de Ciências da Família da mesma Universidade, além de professor visitante de diversas Universidades espanholas. O presente texto é parte do livro "Educar para a amizade", da Editora Quadrante. O trecho transcrito aqui foi retirado do artigo "A importância da atitude dos pais", lido em 15/09/2007 no site Padre Reginaldo Manzotti Veja mais artigos dele no Portal da Família

domingo, 16 de setembro de 2007

Computador: aprecie com moderação

O computador está cada vez mais presente na vida das pessoas. Muitas dependem dele para o trabalho e passam praticamente o dia inteiro o utilizando. A tecnologia se renova a cada dia e as pessoas que não conseguem acompanhar sua evolução ficam cada vez mais atrasadas em relação ao mundo. Mas até que ponto tudo isso é um benefício?

Hoje em dia é comum vermos
crianças em frente ao computador. Passam horas, jogando, mexendo na internet, baixando músicas e etc. É importante que essas crianças tenham acesso à tecnologia e que estejam antenadas com o que acontece no mundo.O computador traz conhecimento, conteúdos úteis, além de ajudar na educação, quando utilizado de maneira correta.

Os pais devem se atentar a quantidade de tempo que seus filhos utilizam o computador,qual o conteúdo acessam na internet e também impor limites. Quando isso não ocorre, essa máquina pode trazer prejuízos a essas crianças. Muitas passam tempo demais mexendo no computador e agem como se sua vida estivesse dentro dele. Não praticam atividades físicas, não brincam, não interagem com outras pessoas, a não ser pelo MSN e Orkut. Isolam-se no incrível, mas também prejudicial, mundo da tecnologia.

As crianças, assim como os adolescentes e até mesmo adultos, devem utilizar esse meio como um complemento de informações e não se tornar dependente dele. A tecnologia facilita o dia-a-dia, mas também faz com que no isolemos um pouco do mundo e das pessoas. Temos que conviver com pessoas, pois essas trarão experiência e bagagem para nossas vidas. Não resumir nossas amizades, nos contatos do orkut.