Infelizmente, esse simpático e popular “Coleirinha” não pode mais ser solto. Explico: é que depois de tanto tempo encarcerado, ele não duraria muito em liberdade. Não sabe procurar comida e abrigo, não sabe se defender dos predadores e possivelmente não sabe nem voar.
Muitos pais, guardadas as devidas proporções, agem da mesma forma com seus filhos. Talvez por medo de que se machuquem, acabam protegendo demais suas crianças, que crescem frágeis e despreparadas para o “mundo real”. Mais tarde, esses indivíduos terão grande dificuldade em lidar com os dramas da adolescência e, depois, com os problemas da fase adulta, etc.
É imprescindível impor limites, sobretudo na infância. Mas o excesso de cuidados pode “cortar as asas” da criança. “Ora! Mas esse passarinho já tem tudo: Abrigo, água, alpiste. Até jiló eu dou pra ele. E o danado canta que é uma beleza!”, diria meu pai. Se a superproteção atrapalha? Pergunte ao camarada aí da foto.