sábado, 1 de setembro de 2007

Superproteção x Liberdadade


O pássaro que o leitor vê acima é de meu pai, e por isso o Seu Egberto se acha no direito de trancafia-lo numa gaiola minúscula, impedindo-o de voar apenas para poder ouvi-lo cantar de perto. Penso que meu pai odeia pássaros. Se gostasse, não os prenderia.

Infelizmente, esse simpático e popular “Coleirinha” não pode mais ser solto. Explico: é que depois de tanto tempo encarcerado, ele não duraria muito em liberdade. Não sabe procurar comida e abrigo, não sabe se defender dos predadores e possivelmente não sabe nem voar.

Muitos pais, guardadas as devidas proporções, agem da mesma forma com seus filhos. Talvez por medo de que se machuquem, acabam protegendo demais suas crianças, que crescem frágeis e despreparadas para o “mundo real”. Mais tarde, esses indivíduos terão grande dificuldade em lidar com os dramas da adolescência e, depois, com os problemas da fase adulta, etc.

É imprescindível impor limites, sobretudo na infância. Mas o excesso de cuidados pode “cortar as asas” da criança. “Ora! Mas esse passarinho já tem tudo: Abrigo, água, alpiste. Até jiló eu dou pra ele. E o danado canta que é uma beleza!”, diria meu pai. Se a superproteção atrapalha? Pergunte ao camarada aí da foto.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Fonte: TV Rage

(NaLauren Graham e Alexis Bledel – protagonistas
do seriado
americano Gilmore Girls)


O seriado americano Gilmore Girls tem como protagonista uma mãe solteira (que ficou grávida aos 16 anos) e sua filha. A trama conta com humor os desafios da vida dessas mulheres.

Aqui no Brasil, o assunto foi abordado pela novela “Páginas da Vida”, quando Nanda (Fernanda Vasconcelos) foi abandonada grávida de gêmeos por seu namorado Leo (Thiago Rodrigues).

Mamãe, eu tenho pai?

“Toda criança e adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar comunitária (...)” garante o Estatuto da Criança e do Adolescente – Capítulo III – seção I – Art. 19.
Mas, o que podemos considerar família?

“Família são aqueles que te amparam, te escutam, apóiam suas decisões e ajudam na formação do seu caráter”, diz o inspetor de qualidade Rodrigo de Oliveira Batista, 20. O pai dele abandonou a mãe grávida porque queria o aborto. Criado pela mãe com a ajuda dos familiares maternos, conheceu o pai já aos nove anos. Ele conta que o encontro foi muito importante na época, pois sentiu como se tivesse “ganhado uma família de verdade”.

Rodrigo diz que mantém contato com o pai até hoje, porém já não se importa tanto com as mágoas que ele lhe proporcionou. Ele acredita que se fosse criado por ambos os pais sua vida seria muito diferente.

Ser mãe solteira é uma grande responsabilidade, afinal as obrigações ficam acumuladas em uma só pessoa. Cuidar da criança, levar para escola, trabalhar para sustentar a casa, e ainda ter tempo para brincar com o filho e cuidar de si mesma.

Além disso, precisa saber lhe dar com a falta do apoio do pai e os problemas refletidos no filho pela ausência da figura paterna. Ser filho de mãe solteira também é complicado, e pode (o que, na maioria das vezes acontece) acarretar sérios problemas psicológicos.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Do berço para o mundo!

Educação varia muito de como é entendida por uns e como é aprendida por outros. No nosso ponto de vista a base da educação se tem em casa, ao se deparar com os pais exigindo que você não fale alto, ou não fale de “boca cheia” e muito menos palavrões. Mas pode-se ver de um outro ângulo. A educação que se aprende na escola. Aquela que ensina o português e a matemática e, que mais adiante terá uma prova para saber como vai o aprendizado dos alunos.

No último Domingo grande parte dos estudantes prestou a prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), com a finalidade de testar seus conhecimentos e adquirir uma boa nota para ajudar no processo seletivo de uma instituição de ensino superior.

Mas como avaliar a educação de uma pessoa que tem seus estudos em dia, mas na hora de pôr em prática tudo o que vem aprendendo desde pequeno dentro de casa se encontra em dificuldade? O que se aprende em casa não pode ser considerado educação, ou será a mais importante delas?

É preciso desde cedo um bom diálogo entre pais e filhos dentro de casa para que este tema seja levado em consideração, pois quando crescem os filhos passam a “andar com as próprias pernas”, ou seja, cada um cria a sua forma de enxergar os fatos e sua índole é testada retomando o que foi aprendido no passado.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Educação Vem de Casa...

fonte: Vida Besta

...Realmente. Nem tudo devemos falar para crianças. Mas devemos ser sinceros em tudo que dissermos. ;)



Hit Me Baby, One More Time

A violência doméstica constitui na omissão dos pais, parentes ou responsáveis contra crianças e adolescentes, sendo capaz de causar danos físicos, sexuais e psicológicos. Essa tirania causada pelos responsáveis da infância (pais, diretores de escola, professores, etc.) é um ato bárbaro e implica numa transgressão de poder absurda.

É super comum e aceitável uma criança apanhar, ser humilhada através de insultos e xingamentos. As pessoas depois de grande coisificam a infância e a tornam algo distante. Elas aprenderam que é através de violência que se molda um adulto descente, uma pessoa de bem e educada. Educação. Essa é a justificativa para a dor. Mas por que essas pessoas que batem em seres mais fracos, em suas próprias proles, não batem em adultos que fazem coisas erradas e estúpidas? Se for para “educar” desse modo, que a regra se aplique a todos. Tenho certeza que um adulto entende muito melhor o mundo do que uma criança.

A ingenuidade da criança é posta em cheque e a infância está cada vez mais curta. Crescemos com medo, inseguros, envergonhados de nós mesmos. A vassoura quebrada nas costas ainda dói, as cicatrizes da tortura ainda estão abertas, os gritos ainda são ouvidos no silêncio. E seu sexo, cheira mais forte que qualquer perfume.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Tudo em casa. Mas tudo mesmo?

Em via de regra a casa é o primeiro meio social do qual fazemos parte. É o primeiro lugar no qual procuramos nos firmar, ser ouvido e aceito - e durante esse processo descobrimos que há limites, responsabilidades, bons modos – enfim, somos educados.

Até aí, nenhuma novidade. Só que há famílias que vão além: mais que 'educação', proporcionam aos seus filhos o 'ensino'. É o homeschooling.

Entre um 'lave as mãos antes de comer' e 'não deixe o tênis na sala', os pais perguntam aos filhos como está a leitura do livro sobre os egípicios ou falam sobre Joana D'Arc.

As crianças propõem os temas, os pais as direcionam na medida do possível: algo bem próximo do construtivismo.Não parece ser grande o número de famílias que adotaram o sistema, mesmo em termos mundiais, o que eu acho ideal.

Não acredito que todas as famílias estejam tão antenadas com o mundo a ponto de se equipararem com a estrutura de uma escola (por mais precária que ela seja): diversos professores, biblioteca, colegas de lugares (ao menos bairros) diferentes.