sábado, 15 de setembro de 2007

Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite...

"Não me faz absolutamente falta [a tV], e nem tenho tempo para perder com ela. Não tive TV até minha filha menor tornar-se adulta. Foi o melhor presente que dei a meus filhos! Por sinal, todos os quatro têm sucesso profissional muito bom, em alguns casos até excepcional." (*professor Valdemar W. Setzer, em entrevista ao Observatório da Imprensa.)



Tenho hábitos noturnos. Raramente durmo antes das 01h00, todos os dias. Acordo às 06h00. Começa aí minha maratona diária de trabalho e estudo. Volto para casa por volta de 00h10, 00h15. Ou seja, passo o dia inteiro fora. Por isso não tenho muito tempo, por exemplo, para ver TV. Costumo jantar assistindo ao telejornal e depois ao
Programa do Jô quando volto da faculdade, e só.

Mas sinto cada vez menos falta da televisão, principalmente depois que comecei a assistir a um certo programa que pretensiosamente se coloca como um exemplo de “vida inteligente na madrugada”, como se fosse um oásis intelectual em meio a tanta besteira que passa por aí.
É, o
Altas Horas de Serginho Groisman me decepciona. Não quero também parecer pretensioso ou arrogante, mas ainda não vi muitas demonstrações de inteligência nas últimas madrugadas de sábado, quando o programa é exibido.

Os convidados são sempre os mesmos, a platéia é sempre a mesma e as perguntas da platéia são sempre as mesmas: “Quando você começou a ter interesse pela carreira de ator?”, “Qual foi a maior loucura que uma fã já fez para ficar perto de você?”, “Você já recebeu propostas para posar nua? Posaria, se fosse convidada?”.

Por Deus! Acredito que Serginho seja coagido pelos interesses privados da empresa na qual trabalha, pois o próprio apresentador também conduz o programa para esse baixo nível. Recuso-me a acreditar que alguém com a sua inteligência e competência esteja realmente satisfeito com a qualidade do programa.Penso que é melhor não ter tempo para assistir TV mesmo. Assim me poupo da programação infértil e fugaz da TV aberta. Preciso pensar em coisas mais interessantes para fazer nas madrugadas de sábado...

* Valdemar W. Setzer, professor titular aposentado do Departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, fala mais sobre como a televisão é prejudicial, principalmente para as criançasa, no site
Observatório da Imprensa

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O amor não supera tudo

Fonte da Imagem:www.ocio.quitua.com.mx

Segundo dados do IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foram registrados 95,9 mil caso de divórcios no país em 1994, contra 94,8 mil em 1993. Esse aumento revela que o “felizes para sempre” não acontece na prática. Desiludidos, os casais não têm mais a necessidade de casar para ficarem juntos, como afirma outro estudo do IBGE que diz que entre a década de 80 e 90 o número de casamentos realizados baixou de 948,2 mil para 775,2 mil.

O fim do casamento é, na maioria das vezes, doloroso. O casal sofre, os filhos sofrem, e o sentimento de incapacidade de ser feliz e manter um relacionamento, muitas vezes também faz companhia ao casal. A Dra. Olga Inês Tessari* afirma que o divórcio acontece por falta de aceitação das diferenças, idealização do companheiro e por imaturidade emocional.

Casais divorciados dificilmente têm bom relacionamento, e a briga na justiça por bens, pensão, filhos, só piora o desentendimento. Embora pareça inacreditável, existem pessoas - em especial mulheres - que são violentadas física e moralmente, porém mantém o casamento por medo, insegurança, falta de auto-estima e problemas financeiros.

A Dra.Olga afirma que para manter um relacionamento saudável o diálogo é fundamental: ”O amor supera algumas barreiras, não todas. Não é o amor, mas o diálogo que vai determinar quais as barreiras que serão superadas”. Aprender a dialogar nem sempre é fácil. Muitas pessoas foram educadas para permanecerem caladas e a adaptação pode ser difícil, mas é sempre favorável.



Livro sobre relacionamentos:
Os Homens São de Marte, as Mulheres são de Vênus

Lei que regulamenta o divórcio:
clique aqui



*A Dra. Olga Inês é psicóloga, psicoterapeuta, escritora, pesquisadora, consultora e palestrante.
Para mais informações acesse o site:
Ajuda Emocional

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Dizem que mulher é o sexo frágil...

“Lugar de mulher é na cozinha”. “O homem é que tem que sustentar a família. Mulher tem é que cuidar da casa e dos filhos!”. O machismo aqui foi proposital, provocativo mesmo. É evidente que esse pensamento não faz o menor sentido, mas o fato é que ainda vivemos numa sociedade machista, onde os meninos são educados para liderar, e as meninas para servir. Tanto por parte do pai quanto da mãe.

A semente dessa desigualdade brota praticamente na maternidade, ou, nos dias de hoje, já nas imagens do ultra-som que revela o sexo do bebê. Azul para eles, rosa para elas.
Para os meninos, carrinho de rolimã, bola de futebol, pipa, bonecos de super-heróis, rua. Para as meninas, bonecas que pedem pra trocar a fralda, mini-fogão, pratinhos, casinha, lar.

“(...) na nossa cultura, acredita-se que ‘ser homem’ é o mesmo que ser agressivo, competitivo, menos afetivo e mais ‘durão’. Em contrapartida, da menina, ninguém espera outro comportamento que não seja a delicadeza e a fragilidade”, afirma o sexólogo Marcos Ribeiro em entrevista publicada no blog
Pai Legal.

Na adolescência, mudam-se os hábitos, mas a essência é a mesma. Fica para o rapaz a (quase) obrigação de pagar as contas e ter um carro. Nunca para a namorada, que por sua vez, baseia-se num modo de seleção natural darwiniana na hora da paquera – salvo raras exceções - Quem não tem carro, é descartado. Sinto muito, caro pedestre. É a lei da vida!

A imposição de uma suposta superioridade masculina muitas vezes é aceita (e bem aceita, diga-se) pela ala feminina. Não haverá igualdade entre os sexos enquanto a maioria das mulheres se submeter aos homens e continuar dando a mesma orientação para seus filhos(as), como ocorre ainda hoje.


1 :
Marcos Ribeiro - Rio de Janeiro-RJ – sexólogo
Contato:
marcosribeiro@marcosribeiro.com.br

Curiosidade: Por que elas preferem a cor rosa? Clique
aqui e descubra

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

“Tchau, dorme com Deus e com o anjinho da guarda. Amém”

Que a base da educação se tem em casa; que os pais têm dificuldades para ensinar outro ser completamente diferente deles; que por mais que a educação vinda de casa seja muito importante, ela não é única, tudo isso nós já sabemos e vimos aqui.

Mas outro dia ao conversar com meus pais aprendi mais uma coisa e pude perceber outro fator além de índole e drogas, que também dificulta o ensino da educação para um filho.

Um casal relativamente católico, que hoje, freqüenta as missas de Domingo, mas que por um bom tempo nem sequer entrava na Igreja, teve um casal de filhos. O primeiro há 21 anos atrás que estudou por mais de dez anos em colégio católico dizia não acreditar em Deus, em santos, e em nada que pudesse se relacionar com estes.

Mas ouvia-se sair de sua boca: “Ufa, graças a Deus não foi nada grave”. Como assim? Mas se ele não acredita por que ainda diz: “Se Deus quiser eu vou pra praia no fim de semana”. Os pais ensinaram a rezar, mostravam imagens de anjinhos quando pequeno e dizem até hoje uma frase antes de dormir, mas a decisão de acreditar ou não é somente do filho.

Hoje, por ser sua irmã mais nova e saber que ele tem motivos para isto, sei que ele acredita, mas faz questão de não demonstrar aos outros e, sei também que meus pais fizeram a parte deles desde o início, sem desistirem nunca, mesmo não vendo sucesso.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

"Papai, Sou Gay"

O homossexualismo hoje em dia já está infiltrado em nossas casas. Amigos de amigos são, primos, vizinhos... Nem as novelas ignoram mais. É um tema atual e não há como fugir. Vivemos uma era de liberdade sexual só vista antes na época de woodstock. Mas o que foge à essa liberdade é a pergunta de um milhão de dólares: Será que meu filho(a) é gay?

Por mais esclarecidos que os pais modernos sejam, ainda há aquele lampejo de desejo conservador que espera que não aconteça com seu filho. Embora atualmente os pais estejam mais aceitáveis quanto a esse assunto. Quando digo isso não quero dizer que não haverá brigas e discussões. Haverá sim, mas é passageiro. É o susto, o baque, e depois passa.
Ouvimos muito as pessoas dizendo que existem mais homossexuais que antigamente. Na verdade eles sempre existiram, desde a Grécia Antiga. O que acontecia é que as pessoas não se assumiam tanto, e hoje há essa abertura, essa conquista contra o preconceito. O prejulgamento sempre existirá, infelizmente, mas está cada vez mais enfraquecido.
Leia a seguir a entrevista que fiz com um garoto de classe média que não quis ser identificado, mas que lida bem com sua homossexualidade, e que contou sua experiência e como a família lidou com tudo isso.

O estudante G. C., 19, relata como é o relacionamento familiar, as brigas, a aceitação e outros casos homossexuais na família:

  • Quando você descobriu que é homossexual?

Foi quando tinha 11 anos. Não tinha interesse em garotas e fiquei com um garoto da mesma idade.

  • Daí você contou para os seus pais ou eles que descobriram?

Eles descobriram quando eu estava com 13, vendo meus emails. Teve muita briga, muita discussão. Já me relacionava com outros garotos e tudo mais. Mas diálogo aberto mesmo só com 16, 17 anos, por aí.

  • Sua família não aceitou muito bem..

De início foi um choque. Rolou briga, com uns 15 anos eu saí de casa. Mas foi momentâneo, fiquei na casa de um amigo mas depois voltei. Conforme o tempo, fui ganhando espaço e abertura através de diálogo. Hoje em dia é normal. Minha família inteira sabe e leva numa boa. Sou bastante respeitado.

  • E como você se sentiu com tudo isso acontecendo?

Senti insegurança, medo das pessoas me rejeitarem, tristeza... esse pacote todo (risos). Mas os amigos do "meio" me ajudaram bastante através de conversas e experiências.

  • E o preconceito?

Preconceito é uma palavra muito forte. Já rolou uns comentários maldosos dos meus irmãos (G. C. tem um irmão de 18 e uma irmã de 15). Entendo porque, da mesma forma que foi um choque pra mim, também foi pra eles. Mas nunca fui discriminado pela minha família.

  • Tem outros casos de homossexuais assumidos na família?

Tenho dois tios mais velhos (41 e 44). O fato de ter esses casos na família ajudou a ter um comportamento mais aceitável e mais aberto em relação a isso. Foi mais difícil pra eles do que pra mim. Eles prepararam o terreno (risos). Não que essa tenha sido a intenção deles, mas foi mais fácil para eu assumir.

  • E você acha que eles podem ter te influenciado de alguma forma?

Não, de jeito nenhum. Acredito que quem é gay, já nasce gay. Eles não influenciaram em nada minha escolha.

  • O que mudou no comportamento da família?

Mudou para melhor. Eu era muito mais tímido e retraído e hoje me sinto mais a vontade, mais leve. Até brincadeiras e piadinhas rolam numa boa.

  • Algum defeito ou vício foi mais bem aceito que o fato de você ser homossexual?

O fato de fumar foi muito mais bem aceito. E até mesmo os meus defeitos como pessoa eles aceitam melhor.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Um filho muda tudo

Passei o feriadão na casa da minha prima Tatiana Corrêa, 26. A Tati sempre foi meio "rebelde" e a prima mais descolada de todas. Foi morar em São carlos há alguns anos para fazer biologia na UFSCAR e foi além: depois de se formar começou o mestrado, casou com o baterista Bruno Marques e tem um bebezinho lindo, o João Pedro.

Isso tudo (e 90% disso tudo é o João) fez da "ovelha negra" da família uma manteiga derretida que fica com os olhos rasos d'água quando fala da saudade que sente da família (do restante da família...) que ficou na Grande São Paulo. E ficou bem mais cautelosa também. Até para atravessar a rua a Tati pensa sei lá quantas vezes (eu presenciei isso!). Sair a noite, então... "Tem que ver se o João está num dia legal para ficar com outra pessoa e quem será essa outra pessoa. E se eu estou num dia legal pra ficar longe do João!". É, o JP consome mesmo muito tempo: "Pensei que fosse dar conta do mestrado, por exemplo, durante as três horinhas que eles estivesse dormindo, mas esse tempo fica curto demais".

domingo, 9 de setembro de 2007

Cada um, cada um!

Não consigo entender a dificuldade das pessoas em entender que, uma pessoa é diferente da outra. Sempre tem alguém na família, ou mesmo fora dela, para fazer uma comparação entre irmãos. Para falar que um é mais sorridente que o outro, mais bonito, mais magro, mais inteligente. Não sei ao certo, mas qual será o objetivo de uma pessoa ao fazer uma comparação tão mesquinha e pior, comparação que muitas vezes magoa e fica na cabeça de quem está sendo criticado?


Mas infelizmente, essa questão não para por ai. Muitas vezes pessoas que passam por isso, tentam copiar seus irmãos e se acham inferior a eles. Passam a agir de maneira que possam agradar, e perdem sua originalidade, tudo para não parecer pior. Ficam tristes quando estão sozinhas e se sentem menos amados. Ou então ficam revoltados, se fecham em seus mundos e procuram se esconder, com medo de novas comparações. Há também os que fingem não ligar, mas que no fundo ficam sim, magoados.


É tão simples, ninguém é melhor que ninguém. Cada pessoa tem sua aparência e personalidade. Não compare, ou pelo menos tente não comparar. Seu “simples” comentário pode deixar alguém muito chateado, na melhor das hipóteses.