sábado, 6 de outubro de 2007

Quem é Deus?

foto: Adufe 4.0

“Católico, evangélico, budista, macumbeiro, corintiano, espírita ou ateu (...) todo mundo busca a paz eterna (...) Palavras e palavras e palavras e ainda acham que o Deus do outro não pode ser meu (...)”
“O tudo é uma coisa só” – O Teatro Mágico

Normalmente, conversas sobre religião não duram muito. Com muita cautela, comenta-se alguma coisa aqui e ali e ponto final, porque religião não se discute. Ora, se podemos discutir política, sexo e futebol, por que se intimidar diante de dogmas religiosos?

Com tanta gente disputando o posto de donos da verdade, fica difícil escolher qual direção seguir e talvez a resposta para esse estorvo seja simplesmente não adotar nenhuma religião. É o que pensa o polêmico cientista ateu
Richard Dawkins “Todas as crianças deveriam ser estimuladas a pensar (...) Não se deve atribuir automaticamente a religião dos pais aos filhos. Expressões como ‘criança católica’ ou ‘criança muçulmana’ deveriam nos dar arrepios. Ninguém fala em crianças marxistas ou neoliberais, por que com as religiões deveria ser diferente?”

Vivemos numa sociedade em que o ensino religioso é baseado em livros “sagrados” de regras de conduta escritos há milhares de anos - e por isso, ultrapassados - , que muitas vezes prega a intolerância com outras crenças. É assim com o candomblé praticado fora da África, com o islamismo no ocidente, etc. Isso sem falar em cruzadas, inquisições e “guerras santas” movidas em nome de Deus (ou Zeus, ou Oxalá, ou Buda, ou Jah...).

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Homosexualismo dentro de casa




Muitos homossexuais têm medo de assumir uma posição por causa do preconceito que sofrerão e, muitas vezes, criam um tabu desde a infância de que gostar de pessoas do mesmo sexo é errado, pecaminoso, vergonhoso. Assumir a homossexualidade exige muita coragem, em especial em casos de famílias conservadoras - pode ser uma situação constrangedora no começo. Mas guardar este
segredo pode ser muito pior.

Fábio* tem 22 anos, e aos 16 descobriu que seu pai era gay. “Ele tinha uma empresa e fazia hora extra, em média, três vezes por semana. Mais tarde descobrimos que ele saía com o sócio”, diz ele. Fábio também conta que quem descobriu primeiro foi a mãe dele, quando flagrou o sócio acariciando o rosto e peito de seu, até então, marido.

O pai de Fábio cometeu um erro. Não assumiu sua identidade e com isso machucou muitas pessoas que ama. “Quando meu pai assumiu para minha família, não aceitei. Fiquei três anos se falar com ele. Sentia vergonha. Hoje temos uma boa relação e eu já aceitei a condição, mas não me conformo dele ter mentido por tantos anos”, diz Fábio.

O sentimento de ter sido enganado é muito forte em Fábio. Os familiares de forma geral têm esse sentimento. “Fazemos terapia de família para tentar pôr as coisas no lugar. Tem ajudado bastante, mas a magoa de ser enganado não é fácil de se apagar”, diz o garoto. O pai de Fábio ainda se relaciona com seu sócio e, depois que saiu de casa tem sido mais carinhoso com todos, inclusive com a ex-esposa.

O fato do pai de Fábio ter assumido sua opção sexual fez com que ele se sentisse mais dono de sua própria vida, segundo Fábio. Seu pai é mais feliz e, agora, não tem medo de fazer o que gosta. “Depois que meu pai quebrou o bloqueio que tinha em si ele sorri muito mais”. Não adianta empurrar decisões importantes para depois. Uma hora terá de ser resolvida, e, talvez, as conseqüências sejam muito piores.










* nome fictício

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Onde tuuudo começa!

fonte JORNAL DE SÁBADO

Você está grávida. Que festa a família toda comemorando, seu marido super feliz e você muito tranqüila, pois pensa que deve se preocupar de verdade com a formação do seu bebê somente daqui nove meses, após seu nascimento. Engano seu.

Estudos atuais comprovam que a vida de um feto não é tão simples assim e muito menos tranqüila como muitos imaginam. A vida intra-uterina é tão agitada e complicada como os que já vivem no mundo externo. A mãe precisa estar com seu lado emocional em constante paz, para que o feto não absorva os sentimentos de angústia e medo, por exemplo, vindos da mãe. É na placenta onde ocorrem as trocas entre mãe e filho e, por mais que não pareça tudo o que a mãe sente é passado para o bebê. Transmissões sonoras enquanto dorme, come, conversa são emitidas, mas claro que em uma proporção melhor, digamos um pouco mais abafadas.

Os ruídos do mundo externo também são captados pelo bebê, fazendo assim com que ele consiga distinguir as vozes dos pais. Este é o ponto!
É muito importante para o feto que os pais, principalmente a mãe, conversem com ele durante a gestação, dessa forma eles ajudam no desenvolvimento tanto físico quanto psicológico do filho.

A psicóloga clínica, Ana Maria Moratelli da Silva Rico fala sobre a importância do bom convívio entre um casal durante a gestação: “[...] a qualidade do vínculo entre os parceiros, no momento da concepção e durante a gravidez, é fundamental para o equilíbrio da relação mãe-bebê, uma vez que o feto consegue captar os estados afetivos maternos tanto os de felicidade, tranqüilidade e satisfação quanto os de choques emocionais, ansiedades, raiva, depressão e estresse.”

Ao invés de pensarem que é necessário se preocupar com a educação que darão ao seu filho apenas após o nascimento, os pais devem saber que é essencial já dar carinho, amor, segurança e principalmente ensinarem, mediante conversas, o que quiserem durante a gestação.
Portanto educação não vem só de casa e de berço, mas também da vida intra-uterina.


"A VIDA EMOCIONAL DO FETO" por Ana Maria Moratelli.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

A obrigação de amar os pais

fonte: Abril: Especial caso Richthofen




Todos conhecemos ou pelo menos ouvimos falar do Caso Richthofen, que chocou o Brasil em Outubro de 2002. Suzane Von Richthofen foi acusada de matar os pais e provou ser uma psicopata fria, bárbara e cruel. Sob especulações de que ela foi manipulada pelo namorado, ela quase não demonstra arrependimento ao falar do crime. Outros dizem que ela foi a manipuladora. Mas o que leva alguém a matar os pais não é o tema a ser discutido agora.

Comecei pelo caso de Suzane porque ilustra bem o que quero mostrar aqui. Na comunidade do Orkut
Eu DEFENDO Suzane Richthofen!! um tópico me chamou a atenção onde um garoto questiona que é um caso comum que pode acontecer em qualquer lar. Uma garota inteligente, bonita, rica, cursando o ensino superior e que aparentemente não tinha motivos para matar os pais... Intrigante não? Na comunidade de humor-negro Santa Suzane Richthofen pode-se ver muitos tópicos defendendo a atitude tomada pela Suzane. Um "André" tenta defendê-la com argumentos fraquíssimos e sem fundamento como pode ser visto na própria comunidade.

Não deveríamos ser obrigado a amar nossos pais. Mas somos, pelos costumes e valores da sociedade. Dizer ou mesmo sentir essa ausência de amor paternal é mais comum do que imaginamos, mas é ocultado pela represália dos olhos preconceituosos das pessoas. Muitos amam os pais porque acostumaram, mas não é realmente amor. Por que a divergência entre irmãos é vista de forma bem mais aceita? Os irmãos são tratados como iguais na hierarquia familiar, sendo os pais rei e rainha. Visto desta forma, os filhos não têm direitos sobre os pais. Eles mandam, a prole obedece. Alguns justificam esse abuso de autoridade como forma de amor e educação. Então os filhos deveriam poder "amar" da mesma forma. A diferença é que os filhos não têm opção de ter pais, mas os pais têm opção de ter um filho. Assim, deve por lei zelar por sua saúde, educação, lazer, etc, como consta no art. 4º do
Estatuto da Criança e do Adolescente. Uma notícia da revista Consultor Jurídico de dezembro de 2006 trata exatamente deste assunto.

Serve também para o oposto. Os pais não são obrigados a amar os filhos, embora acredito que não há amor mais cego, puro e idiota que o amor de mãe. Por mais inescrupuloso e mau-caráter que o filho seja, ele pode perder tudo, mas o amor de sua mãe vai estar sempre vívido dentro dela. Matar alguém é algo a ser pensado com muita cautela. No caso de Suzane, foi um crime premeditado. Talvez ela tenha tido os motivos dela para sair de casa, denunciar os pais por algum tipo de abuso, que seja. Não é crime não amar, mas matar é e quase nunca é justificável. Ainda mais num caso de família, onde o sangue derrubado, é o mesmo que o seu.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Casa Perigosa

Principalmente para crianças e idosos, nenhum lugar é completamente seguro. Nem mesmo suas próprias casas.

Dia 26 de setembro o Jornal da Metodista
disponibilizou uma matéria dizendo que 40% dos acidentes fatais com crianças acontecem em casa. No domingo, dia 30/09, o Fantástico também fez uma reportagem falando sobre os perigos que o lar oferece para crianças desacompanhadas.

Produtos de limpeza, panelas com alimentos quentes, ferros de passar, banheiras e tanques, enfim, tudo é uma arma – embora as crianças acreditem que sejam brinquedos. Na minha família mesmo, enquanto uma tia virou as costas para colocar a roupa passada na cama minha priminha puxou o fio do ferro, que caiu sobre a mão dela – deixando uma cicatriz. Felizmente não foi grave, e a marca nem chama atenção. Mas na época o susto foi grande.

No caso dos idosos o problema não tem a ver com a curiosidade e falta de discernimento, e sim, com a perda dos reflexos de um modo geral (inclusive problemas de visão e audição) e com a fragilidade dos ossos. Qualquer pequena queda pode causar grandes transtornos, por isso é importante adaptar alguns pontos críticos das casas, como banheiros e escadas.

domingo, 30 de setembro de 2007

A separação dos pais e as consequências para os filhos

Lembro-me de um dia em que conversava com uma amiga sobre casamento e ela me disse que "sua irmã queria se casar jovem pois se acontecesse de se separar, ainda tinha tempo de encontrar outra pessoa". E hoje em dia o que vemos na verdade é isso mesmo.

É difícil encontrarmos casamentos duradouros por diversos motivos como a rotina, pensamentos diferentes, falta de tempo por conta da correria do dia-a-dia, etc. A facilidade em se separar também ajuda. Não acho que as pessoas devam ficar juntas contra sua vontade e por isso devem pensar bem antes de se casar.

Mas em meio a essa realidade de casais que se separam de maneira tão simples, onde ficam os filhos? Na verdade esses são os pricipais prejudicados. Ficam divididos entre os pais e muitas vezes não sabem como agir para enfrentar essa situação. A criança necessita de atenção redobrada para aprender a conviver com essa nova situação em sua vida. Os pais devem evitar as brigas e mostrar para os filhos que estarem se separando é melhor do que estarem juntos brigando.

A melhor saída é a conversa e se encontrados muitos obstáculos, a ajuda de especialistas também é viável pois com a experiência no assunto podem mostrar formas diferentes de encarar os obstáculos dessa nova fase, tanto na vida dos pais quanto dos filhos.

Leia mais sobre o assunto.