domingo, 7 de outubro de 2007

De repente, adeus

Quando se descobre que algum membro da família está com alguma doença grave, o impacto que a própria pessoa e seus familiares sofrem é muito grande. De início a pergunta que vem à cabeça é sempre a mesma: Qual o motivo por tudo isso estar acontecendo? A partir daí, começa uma batalha dura para a superação de tudo.

A busca pelo tratamento da doença é o primeiro passo. A procura por especialistas, pelo entendimento e por todos os recursos possíveis acontece. A rotina dentro de casa não é mais a mesma. Tudo passa a acontecer em torno da pessoa que está sofrendo da doença. O processo é longo e requer compreensão dos que convivem com esse novo obstáculo.

Mas infelizmente, muitas vezes, mesmo com tratamento a pessoa não consegue superar a doença e vem a falecer. E agora, o que fazer? A dor de perder alguém querido, ainda mais um membro familiar é muito grande. A revolta pelo fato ocorrido toma conta das pessoas que tanto lutaram para que isso não acontecesse. Até ver que tudo aquilo é mesmo verdade, leva um certo tempo. Depende de cada pessoa.

A rotina muda novamente. Dessa vez as pessoas têm que se adaptar à ausência de alguém que durante um curto ou longo tempo (dependendo do estágio da doença em que se encontrava) foi a atenção da casa, ainda que de maneira negativa. Uma grande tristeza invade, e a estrutura familiar nesse momento se provará. De um lado, os familiares podem se unir como nunca e superar juntos a mais um obstáculo, e de outro a família se partir por inteira.

Alguns podem não conseguir superar ou aceitar, e se revoltam. Nesse caso é interessante procurar a ajuda de especialistas , ou melhor, a ajuda da própria família que passou por tudo aquilo e não dará as costas, num momento tão difícil. A fé também é uma saída nesse tipo de situação. A procura por um novo sentido de viver está em Deus, pois para muitos ele é o único que pode dar conforto e acalmar a dor que parece não passar nunca.

Não podemos saber quando perderemos quem amamos e, muitas vezes, só reconhecemos o valor das pessoas quando isso acontece. Valorizar os momentos, sejam eles felizes ou tristes, é a melhor saída. Brigamos, discutimos pois somos diferentes uns dos outros. Mas não podemos esquecer que a morte pode ocorrer a qualquer momento, e isso infelizmente não podemos evitar e muito menos correr atrás.


Abaixo, a experência de uma estudante de 18 anos, que não quis ser identificada, e passou por essa experiência:

“Descobri que minha mãe tinha câncer no colo do útero com 12 anos. A princípio não sabia muito bem do que se tratava, pois era praticamente uma criança e não entendia o que estava se passando. Não sabia também porque minha mãe não passava isso pra gente, sentia dor e muita dor, mas procurava guardar para si. Comecei a perceber que algo de grave estava acontecendo, via todo mundo na minha casa preocupado e procurei entender aquilo. Quando dei por mim, vi que tinha que ficar ainda mais ao lado da minha mãe. Começaram os tratamentos. Ela teve que fazer quimioterapia durante um bom tempo. Era horrível vê-la passando por tudo aquilo, me doía muito e vi que a única maneira de ajudar, era estar presente quando ela precisasse. Sinceramente, não consigo me lembrar de muitas coisas.

Felizmente após o tratamento, o câncer se foi. Mas a partir dali muitos outros problemas foram desencadeados. Ficou com problemas em outros órgãos, mas principalmente no rim. Foi uma luta intensa. Via minha mãe ir ao hospital direto, fazer exames e muitas vezes ficava internada. Acreditava que era um procedimento normal. Tudo bem. Mas depois de algum tempo, especificamente uns 5 anos. O câncer havia voltado. Revoltei-me, xinguei a Deus, chorei, me desesperei. Porque tudo aquilo novamente? Minha mãe não merecia esse sofrimento. Mas por incrível que pareça, me senti melhor quando procurei por ela. Ela me fazia sentir segura. Não desistia por nada. Sorria como se não sentisse dor, e quando essa era muito forte, chorava, como uma criança. Não consigo imaginar a intensidade da dor que ela sentia, mas refletia em mim por ver tudo aquilo e não poder fazer nada. A rotina da casa mudou. Toda a atenção era voltada para ela. Tinha que ficar internada várias vezes. Eu só queria ficar do lado dela. Mesmo vendo tudo aquilo, não acreditava em sua morte, pois ela dizia que não desistiria e disse ainda para minha irmã: ‘Eu ainda vou brincar com seus netos.’

Mas Deus não quis assim. Quanto eu tinha 17 anos, estava à tarde em casa descansando após chegar da escola, pois as 16:30 iria visitá-la na UTI. Mas não foi possível. Recebi a notícia de seu falecimento quando quase entrava no carro para ir ao hospital. Nunca senti dor tão grande. É uma dor inconsolável. Parecia que a vida havia perdido o sentido. Não consigo explicar o tamanho do amor que sinto pela minha mãe. Ela se foi,e ainda que não esteja presente em corpo aqui, é o meu sentido de viver. Fiquei revoltada por ela ter partido, e não consigo e nem sei se quero, aceitar. A família ficou muito abalada, vir para casa não é mais a mesma coisa. Senti e, confesso que senti, vontade de desistir de tudo. Mas parei pra pensar que se fizesse isso, estaria jogando fora todo o esforço que ela teve, ainda que doente, para eu ser tudo que sou hoje. Acredito que Deus a levou pois, lugar de anjo é realmente no céu!”

sábado, 6 de outubro de 2007

Quem é Deus?

foto: Adufe 4.0

“Católico, evangélico, budista, macumbeiro, corintiano, espírita ou ateu (...) todo mundo busca a paz eterna (...) Palavras e palavras e palavras e ainda acham que o Deus do outro não pode ser meu (...)”
“O tudo é uma coisa só” – O Teatro Mágico

Normalmente, conversas sobre religião não duram muito. Com muita cautela, comenta-se alguma coisa aqui e ali e ponto final, porque religião não se discute. Ora, se podemos discutir política, sexo e futebol, por que se intimidar diante de dogmas religiosos?

Com tanta gente disputando o posto de donos da verdade, fica difícil escolher qual direção seguir e talvez a resposta para esse estorvo seja simplesmente não adotar nenhuma religião. É o que pensa o polêmico cientista ateu
Richard Dawkins “Todas as crianças deveriam ser estimuladas a pensar (...) Não se deve atribuir automaticamente a religião dos pais aos filhos. Expressões como ‘criança católica’ ou ‘criança muçulmana’ deveriam nos dar arrepios. Ninguém fala em crianças marxistas ou neoliberais, por que com as religiões deveria ser diferente?”

Vivemos numa sociedade em que o ensino religioso é baseado em livros “sagrados” de regras de conduta escritos há milhares de anos - e por isso, ultrapassados - , que muitas vezes prega a intolerância com outras crenças. É assim com o candomblé praticado fora da África, com o islamismo no ocidente, etc. Isso sem falar em cruzadas, inquisições e “guerras santas” movidas em nome de Deus (ou Zeus, ou Oxalá, ou Buda, ou Jah...).

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Homosexualismo dentro de casa




Muitos homossexuais têm medo de assumir uma posição por causa do preconceito que sofrerão e, muitas vezes, criam um tabu desde a infância de que gostar de pessoas do mesmo sexo é errado, pecaminoso, vergonhoso. Assumir a homossexualidade exige muita coragem, em especial em casos de famílias conservadoras - pode ser uma situação constrangedora no começo. Mas guardar este
segredo pode ser muito pior.

Fábio* tem 22 anos, e aos 16 descobriu que seu pai era gay. “Ele tinha uma empresa e fazia hora extra, em média, três vezes por semana. Mais tarde descobrimos que ele saía com o sócio”, diz ele. Fábio também conta que quem descobriu primeiro foi a mãe dele, quando flagrou o sócio acariciando o rosto e peito de seu, até então, marido.

O pai de Fábio cometeu um erro. Não assumiu sua identidade e com isso machucou muitas pessoas que ama. “Quando meu pai assumiu para minha família, não aceitei. Fiquei três anos se falar com ele. Sentia vergonha. Hoje temos uma boa relação e eu já aceitei a condição, mas não me conformo dele ter mentido por tantos anos”, diz Fábio.

O sentimento de ter sido enganado é muito forte em Fábio. Os familiares de forma geral têm esse sentimento. “Fazemos terapia de família para tentar pôr as coisas no lugar. Tem ajudado bastante, mas a magoa de ser enganado não é fácil de se apagar”, diz o garoto. O pai de Fábio ainda se relaciona com seu sócio e, depois que saiu de casa tem sido mais carinhoso com todos, inclusive com a ex-esposa.

O fato do pai de Fábio ter assumido sua opção sexual fez com que ele se sentisse mais dono de sua própria vida, segundo Fábio. Seu pai é mais feliz e, agora, não tem medo de fazer o que gosta. “Depois que meu pai quebrou o bloqueio que tinha em si ele sorri muito mais”. Não adianta empurrar decisões importantes para depois. Uma hora terá de ser resolvida, e, talvez, as conseqüências sejam muito piores.










* nome fictício

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Onde tuuudo começa!

fonte JORNAL DE SÁBADO

Você está grávida. Que festa a família toda comemorando, seu marido super feliz e você muito tranqüila, pois pensa que deve se preocupar de verdade com a formação do seu bebê somente daqui nove meses, após seu nascimento. Engano seu.

Estudos atuais comprovam que a vida de um feto não é tão simples assim e muito menos tranqüila como muitos imaginam. A vida intra-uterina é tão agitada e complicada como os que já vivem no mundo externo. A mãe precisa estar com seu lado emocional em constante paz, para que o feto não absorva os sentimentos de angústia e medo, por exemplo, vindos da mãe. É na placenta onde ocorrem as trocas entre mãe e filho e, por mais que não pareça tudo o que a mãe sente é passado para o bebê. Transmissões sonoras enquanto dorme, come, conversa são emitidas, mas claro que em uma proporção melhor, digamos um pouco mais abafadas.

Os ruídos do mundo externo também são captados pelo bebê, fazendo assim com que ele consiga distinguir as vozes dos pais. Este é o ponto!
É muito importante para o feto que os pais, principalmente a mãe, conversem com ele durante a gestação, dessa forma eles ajudam no desenvolvimento tanto físico quanto psicológico do filho.

A psicóloga clínica, Ana Maria Moratelli da Silva Rico fala sobre a importância do bom convívio entre um casal durante a gestação: “[...] a qualidade do vínculo entre os parceiros, no momento da concepção e durante a gravidez, é fundamental para o equilíbrio da relação mãe-bebê, uma vez que o feto consegue captar os estados afetivos maternos tanto os de felicidade, tranqüilidade e satisfação quanto os de choques emocionais, ansiedades, raiva, depressão e estresse.”

Ao invés de pensarem que é necessário se preocupar com a educação que darão ao seu filho apenas após o nascimento, os pais devem saber que é essencial já dar carinho, amor, segurança e principalmente ensinarem, mediante conversas, o que quiserem durante a gestação.
Portanto educação não vem só de casa e de berço, mas também da vida intra-uterina.


"A VIDA EMOCIONAL DO FETO" por Ana Maria Moratelli.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

A obrigação de amar os pais

fonte: Abril: Especial caso Richthofen




Todos conhecemos ou pelo menos ouvimos falar do Caso Richthofen, que chocou o Brasil em Outubro de 2002. Suzane Von Richthofen foi acusada de matar os pais e provou ser uma psicopata fria, bárbara e cruel. Sob especulações de que ela foi manipulada pelo namorado, ela quase não demonstra arrependimento ao falar do crime. Outros dizem que ela foi a manipuladora. Mas o que leva alguém a matar os pais não é o tema a ser discutido agora.

Comecei pelo caso de Suzane porque ilustra bem o que quero mostrar aqui. Na comunidade do Orkut
Eu DEFENDO Suzane Richthofen!! um tópico me chamou a atenção onde um garoto questiona que é um caso comum que pode acontecer em qualquer lar. Uma garota inteligente, bonita, rica, cursando o ensino superior e que aparentemente não tinha motivos para matar os pais... Intrigante não? Na comunidade de humor-negro Santa Suzane Richthofen pode-se ver muitos tópicos defendendo a atitude tomada pela Suzane. Um "André" tenta defendê-la com argumentos fraquíssimos e sem fundamento como pode ser visto na própria comunidade.

Não deveríamos ser obrigado a amar nossos pais. Mas somos, pelos costumes e valores da sociedade. Dizer ou mesmo sentir essa ausência de amor paternal é mais comum do que imaginamos, mas é ocultado pela represália dos olhos preconceituosos das pessoas. Muitos amam os pais porque acostumaram, mas não é realmente amor. Por que a divergência entre irmãos é vista de forma bem mais aceita? Os irmãos são tratados como iguais na hierarquia familiar, sendo os pais rei e rainha. Visto desta forma, os filhos não têm direitos sobre os pais. Eles mandam, a prole obedece. Alguns justificam esse abuso de autoridade como forma de amor e educação. Então os filhos deveriam poder "amar" da mesma forma. A diferença é que os filhos não têm opção de ter pais, mas os pais têm opção de ter um filho. Assim, deve por lei zelar por sua saúde, educação, lazer, etc, como consta no art. 4º do
Estatuto da Criança e do Adolescente. Uma notícia da revista Consultor Jurídico de dezembro de 2006 trata exatamente deste assunto.

Serve também para o oposto. Os pais não são obrigados a amar os filhos, embora acredito que não há amor mais cego, puro e idiota que o amor de mãe. Por mais inescrupuloso e mau-caráter que o filho seja, ele pode perder tudo, mas o amor de sua mãe vai estar sempre vívido dentro dela. Matar alguém é algo a ser pensado com muita cautela. No caso de Suzane, foi um crime premeditado. Talvez ela tenha tido os motivos dela para sair de casa, denunciar os pais por algum tipo de abuso, que seja. Não é crime não amar, mas matar é e quase nunca é justificável. Ainda mais num caso de família, onde o sangue derrubado, é o mesmo que o seu.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Casa Perigosa

Principalmente para crianças e idosos, nenhum lugar é completamente seguro. Nem mesmo suas próprias casas.

Dia 26 de setembro o Jornal da Metodista
disponibilizou uma matéria dizendo que 40% dos acidentes fatais com crianças acontecem em casa. No domingo, dia 30/09, o Fantástico também fez uma reportagem falando sobre os perigos que o lar oferece para crianças desacompanhadas.

Produtos de limpeza, panelas com alimentos quentes, ferros de passar, banheiras e tanques, enfim, tudo é uma arma – embora as crianças acreditem que sejam brinquedos. Na minha família mesmo, enquanto uma tia virou as costas para colocar a roupa passada na cama minha priminha puxou o fio do ferro, que caiu sobre a mão dela – deixando uma cicatriz. Felizmente não foi grave, e a marca nem chama atenção. Mas na época o susto foi grande.

No caso dos idosos o problema não tem a ver com a curiosidade e falta de discernimento, e sim, com a perda dos reflexos de um modo geral (inclusive problemas de visão e audição) e com a fragilidade dos ossos. Qualquer pequena queda pode causar grandes transtornos, por isso é importante adaptar alguns pontos críticos das casas, como banheiros e escadas.

domingo, 30 de setembro de 2007

A separação dos pais e as consequências para os filhos

Lembro-me de um dia em que conversava com uma amiga sobre casamento e ela me disse que "sua irmã queria se casar jovem pois se acontecesse de se separar, ainda tinha tempo de encontrar outra pessoa". E hoje em dia o que vemos na verdade é isso mesmo.

É difícil encontrarmos casamentos duradouros por diversos motivos como a rotina, pensamentos diferentes, falta de tempo por conta da correria do dia-a-dia, etc. A facilidade em se separar também ajuda. Não acho que as pessoas devam ficar juntas contra sua vontade e por isso devem pensar bem antes de se casar.

Mas em meio a essa realidade de casais que se separam de maneira tão simples, onde ficam os filhos? Na verdade esses são os pricipais prejudicados. Ficam divididos entre os pais e muitas vezes não sabem como agir para enfrentar essa situação. A criança necessita de atenção redobrada para aprender a conviver com essa nova situação em sua vida. Os pais devem evitar as brigas e mostrar para os filhos que estarem se separando é melhor do que estarem juntos brigando.

A melhor saída é a conversa e se encontrados muitos obstáculos, a ajuda de especialistas também é viável pois com a experiência no assunto podem mostrar formas diferentes de encarar os obstáculos dessa nova fase, tanto na vida dos pais quanto dos filhos.

Leia mais sobre o assunto.

sábado, 29 de setembro de 2007

A educação no combate ao crime

É cada vez mais comum a presença de menores de idade em diversos tipos de crime: tráfico de drogas, assaltos, seqüestros, etc. Diante de casos de grande repercussão, como o brutal assassinato do menino João Hélio , João Hélio em fevereiro deste ano, se discute a redução da maioridade penal para esses infratores, com a intenção de coibi-los. Mas será que essa é a melhor solução? O que tem sido feito para evitar as causas pelas quais as crianças são levadas para a ilegalidade? E o que está sendo feito para recuperar os infratores, preparando-os para retornar ao convívio social e buscar uma vida digna?

Tanto os detentos quanto qualquer outra criança que não tenha moradia decente, saúde, alimentação, lazer e acesso à educação de qualidade têm forte tendência a procurar soluções para os seus problemas em atividades ilícitas. É aí que as escolas podem dar uma enorme contribuição para a salvação de futuros criminosos em potencial.

Promover a inclusão social - seja através de programas culturais, esportivos ou de cursos profissionalizantes, por exemplo - pode render resultados muito positivos. Foi o que mostrou uma pesquisa do
Instituto Ayrton Senna(segundo revista Época) sobre os efeitos da abertura de 2.102 escolas aos fins de semana, com projetos educacionais especiais. Em três anos, houve redução de:
63% no consumo de drogas,
63% no porte de armas,
57% nas ameaças a professores,
55 % nas agressões físicas,
43% nas depredações
e 42% nos furtos e roubos.

A
Fundação Casa (antiga FEBEM, vista por muitos como uma “escola do crime”), também tem apostado na reabilitação dos internos por meio de medidas voltadas para o social, como a proximidade da família durante o cumprimento da pena e a possibilidade de estudar fora da Instituição (dependendo da gravidade do crime cometido).

É claro que as ocorrências lamentáveis que vemos nos jornais não se justificam, mas tratar esses menores – pobres e marginalizados, na grande maioria – como bichos que devem ser excluídos do “nosso mundo” não deixa de ser um crime.