“Lugar de mulher é na cozinha”. “O homem é que tem que sustentar a família. Mulher tem é que cuidar da casa e dos filhos!”. O machismo aqui foi proposital, provocativo mesmo. É evidente que esse pensamento não faz o menor sentido, mas o fato é que ainda vivemos numa sociedade machista, onde os meninos são educados para liderar, e as meninas para servir. Tanto por parte do pai quanto da mãe.
A semente dessa desigualdade brota praticamente na maternidade, ou, nos dias de hoje, já nas imagens do ultra-som que revela o sexo do bebê. Azul para eles, rosa para elas.
Para os meninos, carrinho de rolimã, bola de futebol, pipa, bonecos de super-heróis, rua. Para as meninas, bonecas que pedem pra trocar a fralda, mini-fogão, pratinhos, casinha, lar.
“(...) na nossa cultura, acredita-se que ‘ser homem’ é o mesmo que ser agressivo, competitivo, menos afetivo e mais ‘durão’. Em contrapartida, da menina, ninguém espera outro comportamento que não seja a delicadeza e a fragilidade”, afirma o sexólogo Marcos Ribeiro em entrevista publicada no blog Pai Legal.
Na adolescência, mudam-se os hábitos, mas a essência é a mesma. Fica para o rapaz a (quase) obrigação de pagar as contas e ter um carro. Nunca para a namorada, que por sua vez, baseia-se num modo de seleção natural darwiniana na hora da paquera – salvo raras exceções - Quem não tem carro, é descartado. Sinto muito, caro pedestre. É a lei da vida!
A imposição de uma suposta superioridade masculina muitas vezes é aceita (e bem aceita, diga-se) pela ala feminina. Não haverá igualdade entre os sexos enquanto a maioria das mulheres se submeter aos homens e continuar dando a mesma orientação para seus filhos(as), como ocorre ainda hoje.
1 : Marcos Ribeiro - Rio de Janeiro-RJ – sexólogo
Contato: marcosribeiro@marcosribeiro.com.br
Curiosidade: Por que elas preferem a cor rosa? Clique aqui e descubra
A semente dessa desigualdade brota praticamente na maternidade, ou, nos dias de hoje, já nas imagens do ultra-som que revela o sexo do bebê. Azul para eles, rosa para elas.
Para os meninos, carrinho de rolimã, bola de futebol, pipa, bonecos de super-heróis, rua. Para as meninas, bonecas que pedem pra trocar a fralda, mini-fogão, pratinhos, casinha, lar.
“(...) na nossa cultura, acredita-se que ‘ser homem’ é o mesmo que ser agressivo, competitivo, menos afetivo e mais ‘durão’. Em contrapartida, da menina, ninguém espera outro comportamento que não seja a delicadeza e a fragilidade”, afirma o sexólogo Marcos Ribeiro em entrevista publicada no blog Pai Legal.
Na adolescência, mudam-se os hábitos, mas a essência é a mesma. Fica para o rapaz a (quase) obrigação de pagar as contas e ter um carro. Nunca para a namorada, que por sua vez, baseia-se num modo de seleção natural darwiniana na hora da paquera – salvo raras exceções - Quem não tem carro, é descartado. Sinto muito, caro pedestre. É a lei da vida!
A imposição de uma suposta superioridade masculina muitas vezes é aceita (e bem aceita, diga-se) pela ala feminina. Não haverá igualdade entre os sexos enquanto a maioria das mulheres se submeter aos homens e continuar dando a mesma orientação para seus filhos(as), como ocorre ainda hoje.
1 : Marcos Ribeiro - Rio de Janeiro-RJ – sexólogo
Contato: marcosribeiro@marcosribeiro.com.br
Curiosidade: Por que elas preferem a cor rosa? Clique aqui e descubra
5 comentários:
O machismo e seus preceitos estão ainda tão latentes na sociedade que toda e qualquer atitude de quem tenta se desviar dos padrões impostos são analisados e julgados.
Ver uma doce menina levantando a voz e xingando, mostrando indignação por a ou b, assusta. A sutileza desmorona e os insultos à menininha pavio curto vêm na mesma velocidade que a moçinha se reestabelece.
O mesmo acontece quando vemos um marmanjão chorando. Ou "pior", trocando carinhos (no exemplo trato os não sexuais) com outro. É perfeitamente normal e aceitável ver duas amigAs se abrançando, no entanto quando inverte-se o sexo... "aai aai aai, é biba!"
Padrões, rótulos, limites.
Padrões sem nexo.
Rótulos sem contexto.
Limites preconceituosos.
Antes do gênero, somos todos de carne e osso. Há distinções biológicas e de criação. E isso já é o suficiente para sermos BEM diferentes.
concordo com você fer. Novamente, um texto bem argumentado e informativo. Estávamos ontem mesmo conversando sobre isso, por que menino ganha carrinho e pode brincar na rua e a menina é "obrigada" a brincar de casinha? E o "brincar de casinha" implica em lavar, passar e cuidar da filhinha pentelha... foda!
interessante o texto de um tema mto amplo e controverso. eu tive que ler uma pesquisa, "a mulher brasileira no espaço público e privado" (da fundação perseu abramo) e ela tem umas estatísticas mto interessantes. a maioria das mulheres (73%) acha que tem mto machismo no brasil. mas quando questionadas sobre divisão de trabalho doméstico, só para citar um dos muitos exemplos, a maioria das mulheres concorda com frases do tipo "não importa quem faz o trabalho doméstico, desde que a mulher defina como fazer" (71%), "é principalmente o homem que deve sustentar a família" (65%) e "os homens, mesmo que queiram, não sabem fazer o trabalho doméstico" (55%). essa pesquisa é ótima e só deu discussão em aula. a mulher tem um lugar conflitante na sociedade (digo isso em relação a sua subjetividade), porque vive exatamente no meio desses conflitos de gênero, decorrentes da história cultural e também etológica. quer tudo ao mesmo tempo, mas reclama de ter tudo.
Pois é, Alice. Suas informações são muito interessantes. E tem mais um exemplo que me intriga: Por que as mulheres têm desconto nas baladas? Gentileza? Tratamento "VIP"? Ou puro machismo do dono do estabelecimento, que quer "bombar" a casa de mulher?
claro que é bombar a casa de mulher
mas a gente adora pagar menos, não importa se o motivo é esse haahahah
os princípios que se explodam nessa hora né?
Postar um comentário